segunda-feira, 30 de abril de 2012

Pesquisa mostra como célula elimina proteínas oxidadas


O surgimento do oxigênio e do metabolismo aeróbico na Terra permitiu aos seres vivos aproveitar a energia dos alimentos de forma muito mais eficiente. Essa conquista evolutiva, porém, teve um preço: deixou as células sujeitas à ação de substâncias oxidantes.

Esses subprodutos da respiração aeróbica interagem com proteínas, lipídios, carboidratos e ácidos nucleicos fazendo com que essas macromoléculas percam sua função. Tal processo pode levar à morte celular e, nos seres mais complexos como os humanos, ser a base de doenças como câncer, artrite, aterosclerose, Parkinson e Alzheimer.

Mas os organismos, felizmente, desenvolveram mecanismos para se proteger dos danos oxidativos. Um deles foi recentemente descoberto por pesquisadores brasileiros e mereceu destaque na capa da revista Antioxidants & Redox Signaling , uma das mais importantes na área.

O estudo, financiada pela FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa Regular e coordenada pela pesquisadora Marilene Demasi, do laboratório de Bioquímica e Biofísica do Instituto Butantã, mostrou a estratégia usada pela célula da levedura Saccharomyces cerevisiae para acelerar a degradação de proteínas oxidadas.

“Além de perder função, a proteína danificada por substâncias oxidantes tende a se agregar e hoje sabemos que isso é a causa de diversas neuropatologias. A melhor defesa das células é degradar essas moléculas”, explicou Demasi.

A missão de livrar as células de proteínas indesejadas, sejam elas oxidadas ou não, cabe a um complexo proteico chamado proteassomo. “Ele regula diversas funções, como a resposta a estímulos internos e externos, a divisão e a morte celular. Essa regulação é feita por meio da degradação das proteínas envolvidas em todos esses processos”, explicou Demasi.

Esse sistema, contou a pesquisadora, se mantém ao longo da cadeia evolutiva em todos os organismos eucarióticos, ou seja, que possuem células com núcleo isolado do citoplasma por uma membrana e diversas organelas. Está presente, portanto, desde seres unicelulares até plantas e animais.
“Sabíamos que em situações de estresse oxidativo o proteassomo passa por um processo chamado glutatiolação e queríamos entender o motivo. A pesquisa mostrou, pela primeira vez, que o proteassomo glutatiolado é capaz de degradar as proteínas oxidadas com maior velocidade e menor gasto energético para célula”, contou Demasi.

A glutatiolação, explicou a pesquisadora, é um tipo de modificação oxidativa que afeta os resíduos do aminoácido cisteína existentes no proteassomo. “Mas esta é uma modificação oxidativa não deletéria e reversível, que funciona como mecanismo de proteção da célula”, afirmou.


Abrindo os portões

Para que o proteassomo reconheça as proteínas a serem eliminadas durante os processos normais de regulação celular, esses alvos são marcados com uma outra proteína chamada ubiquitina. Os cientistas sabiam, no entanto, que quando se tratava de degradar proteínas oxidadas essa sinalização era desnecessária.

Para entender exatamente o que ocorre dentro do proteassomo, os pesquisadores recorreram à microscopia eletrônica de transmissão e à uma técnica conhecida como small angle X-ray scattering (SAXS), desenvolvida pela equipe do professor Cristiano de Oliveira, do Instituto de Física da USP. O método permite analisar a molécula em solução e fazer medidas a partir de modelagem estrutural.

“O proteassomo tem uma estrutura cilíndrica, com abertura nas extremidades. Mas essas entradas normalmente ficam fechadas. Conseguimos mostrar que, quando o proteassomo está glutatiolado, esses portões se abrem permitindo a entrada da proteína oxidada”, contou Demasi.

Também foi possível confirmar, por meio da espectometria de massa, que apenas duas das 32 cisteínas existentes no proteassomo sofrem glutatiolação - e justamente aquelas relacionadas à abertura e ao fechamento da câmera catalítica, que é o local onde as proteínas entram para serem degradadas. Essa parte do trabalho foi feita em colaboração com a equipe do professor Fabio Gozzo, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“Uma das duas cisteínas que encontramos glutatioladas é altamente conservada ao longo da cadeia evolutiva, ocorrendo desde a levedura até o homem”, ressaltou Demasi. “Esse é um resultado muito importante, pois ninguém havia mostrado antes que o proteassomo sofre regulação redox."

Fonte: http://agencia.fapesp.br/



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Abertas inscrições para o 2º Encontro de Iniciação à Docência da Universidade Estadual da Paraíba


A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) está com inscrições abertas para o 2º Encontro de Iniciação à Docência (ENID) da Instituição. Os interessados em apresentar seus projetos de comunicação oral, relatos de experiência e pôsteres têm até o dia 20 de maio para efetuar inscrição. Já os interessados em participar do encontro como ouvintes terão até o dia 30 de junho para se inscrever. As inscrições devem ser feitas no site do evento http://www.eniduepb.com.br/.

O 2º ENID será realizado entre os dias 27 e 31 de agosto, em Campina Grande, e tem como público alvo todos os que estejam envolvidos com a educação básica, professores ou alunos, que desenvolvam trabalhos diferenciados, em qualquer área de licenciatura. O evento faz parte das iniciativas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) na Universidade.

Com o tema “Conquistas e desafios na profissionalização docente”, o encontro contará com uma programação que inclui palestras, comunicações orais, minicursos, oficinas, apresentação de pôsteres e relatos de experiência.

De acordo com os organizadores, o objetivo do evento é divulgar práticas inovadoras realizadas na escola de educação básica para incentivar a profissão docente e mostrar aos futuros professores novas formas de atuação em sala de aula. A ideia é que as experiências e relatos apresentados no encontro tragam uma nova perspectiva para licenciaturas e escolas, promovendo melhorias nos dois segmentos.

terça-feira, 24 de abril de 2012

XI Semana de Biologia da URCA

No período de 16 a 20 de abril de 2012, os bolsistas do PIBID do Curso de Ciências Biológicas da FECLI Alzeir Machado e Josefa Bento participaram da XI Semana de Biologia da URCA, que teve como tema “O mundo sobre o olhar do Biólogo”, na cidade do Crato/CE. O evento contou com a presença de profissionais, pesquisadores e acadêmicos atuantes em Ciências Biológicas.  

Os bolsistas participaram de vários momentos diferentes no evento, como minicursos, palestras e mesas redondas, ambos sobre formação de Professores de Ciências e Biologia, tendências e perspectivas no campo da formação e do trabalho docente para o fortalecimento da licenciatura. 

A acadêmica do IV semestre do Curso de Ciências Biológicas da FECLI Josefa Bento apresentou o trabalho intitulado: O ALCOOLISMO COMO TEMA TRANSVERSAL NO ENSINO DA BIOLOGIA com autoria de Josefa Bento da Silva, Marlúcia Ismael Barreto e Ricardo Rodrigues. O bolsista Alzeir Machado apresentou trabalho com o título: A TEMÁTICA “DROGAS” TRABALHADA COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL com autoria de Alzeir Machado Rodrigues, Sabrina Assunção de Oliveira Nobre e Ricardo Rodrigues da Silva. Os bolsistas tiveram uma participação satisfatória, correspondendo às expectativas da equipe PIBID – Biologia/FECLI.

Mesa redonda: Formação de professores de ciências e biologia
Participação de bolsista no minicurso de Herbário
Participação de bolsista em palestra

Bolsistas do Pibid- Biologia/FECLI apresentando trabalho


domingo, 22 de abril de 2012

22 de Abril - Dia da Terra

Vamos conservar nosso planeta!
O dia Mundial da Terra é comemorado no dia 22 de abril. A data surgiu nos Estados Unidos na década de 70 quando o senador Gaylord Nelson organizou o primeiro protesto nacional contra a poluição. Mas foi só a partir da década de 90 que a data se internacionalizou, ou seja, outros países também passaram a celebrar a data. 

Por coincidência hoje também celebramos o descobrimento do Brasil, quando os portugueses desembarcaram em terra tiveram o primeiro contato com os índios. Os portugueses estranharam muitos dos hábitos indígenas como o fato de andarem nus! Já que o calor do clima tropical é intenso as peças utilizadas funcionavam mais como adornos, o que contrastou muito com as roupas pesadas dos europeus devido ao clima mais frio e ameno. Apesar do choque entre culturas, os índios ensinaram muito aos europeus. Os índios viviam e vivem em harmonia com a natureza, respeitam a mata, valorizam os bichos e são profundo conhecedores da flora onde vivem, inclusive utilizam como medicamentos diversos tipos de plantas. 

Curiosidades sobre a Terra:
  • Tem em torno de 4,5 bilhões de anos
  • Tem 510,3 milhões de km2 de área total
  • Aproximadamente 97% da superfície da Terra é composta por água
  • O ponto mais alto da Terra é o Everest no Nepal - China com aproximadamente 8.800 metros
  • A população humana atual da Terra é de aproximadamente 6 bilhões
Fonte: http://www.smartkids.com.br/datas-comemorativas/22-abril-dia-da-terra.html

sábado, 21 de abril de 2012

XIX Encontro de Genética do Nordeste


O ENGENE (Encontro de Genética do Nordeste) compreende um evento oficial apoiado pela Sociedade Brasileira de Genética, visando reunir pesquisadores, professores e alunos envolvidos com a área de genética e suas interfaces no âmbito das ciências biológicas, ciências da saúde e agrárias.
O evento atualmente tem periodicidade bienal, sendo a 19ª edição do evento (XIX ENGENE), planejando-se sua realização na cidade de Petrolina (estado de Pernambuco) e sua vizinha Juazeiro (estado da Bahia), região que compreende importante pólo agrícola e biotecnológico, além de abrigar no seu entorno universidades federais, estaduais, instituições de pesquisa e um pólo emergente na área de saúde humana, com vários hospitais e clínicas se estabelecendo na região que está entre as que mais crescem e geram riqueza no país.
O evento está planejado para o período de 17 a 21 de junho de 2012.
O público alvo abrange profissionais, pesquisadores, docentes de instituições de ensino superior, públicas e privadas, estudantes de pós-graduação e graduação, bem como professores e alunos do ensino médio. Está prevista a realização de aproximadamente quatro conferências, oito palestras científicas, três palestras técnicas, seis mesas redondas e oito minicursos, com a participação de expressivos pesquisadores e professores das mais variadas áreas da genética do Nordeste e convidados de outras regiões.
Está prevista a apresentação de trabalhos científicos na forma de painéis, bem como a apresentação de trabalhos orais para o prêmio ENGENE Jovem Geneticista.
O evento abrigará o I Simpósio de Genética Humana e Médica do Nordeste, reunindo quatro mesas redondas, quatro conferências, dois minicursos e uma sessão de painéis específica da área. O XIX ENGENE contará ainda com uma área de exposição destinada a empresas, editoras e instituições de pesquisa, além de palestras técnicas apresentadas por empresas que representam produtos nacionais e importados aplicados em técnicas envolvendo genética e biotecnologia.

Fonte: http://www.engene.univasf.edu.br/index.php

Cientistas criam célula com DNA sintético

Genoma sintético 
  
Cientistas norte-americanos dizem ter desenvolvido a primeira célula controlada por um genoma sintético.
Os cientistas chamaram-na de "célula sintética", embora apenas o genoma da célula seja sintético - ou seja, a célula que recebe o genoma é uma célula natural, não sintetizada pelo homem. [Imagem: Science]
Os especialistas do J. Craig Venter Institute, com sede nos estados de Maryland e Califórnia, dizem esperar que a técnica possa criar bactérias programadas para resolver problemas ambientais e energéticos, entre outros fins.

Célula artificial? 

Para alguns especialistas, o genoma sintético representa o início de uma nova era na biologia sintética e, possivelmente, na biotecnologia. A equipe de pesquisadores, liderada por Craig Venter, já havia conseguido sintetizar quimicamente o genoma de uma bactéria. Eles também haviam feito um transplante de genoma de uma bactéria para outra. Agora, os especialistas juntaram as duas técnicas para criar o que chamaram de "célula sintética", embora apenas o genoma da célula seja sintético - ou seja, a célula que recebe o genoma é uma célula natural, não sintetizada pelo homem. Apesar disso, o especialista insiste na expressão: "Esta é a primeira célula sintética já criada. Nós dizemos que ela é sintética porque foi obtida a partir de um cromossomo sintético, feito com quatro substâncias químicas em um sintetizador químico, seguindo informações de um computador", disse Venter. 

Controlando a biologia 

"Isto se torna um instrumento poderoso para que possamos tentar determinar o que queremos que a biologia faça. Temos uma ampla gama de aplicações (em mente)", disse. Os pesquisadores planejam, por exemplo, criar algas que absorvam dióxido de carbono e criem novos hidrocarbonetos. Eles também estão procurando formas de acelerar a fabricação de vacinas. Outros possíveis usos da técnica seriam a criação de novas substâncias químicas, ingredientes para alimentos e métodos para limpeza de água, segundo Venter.  

Reprogramando a vida 

 No experimento, os pesquisadores sintetizaram o genoma da bactéria M. mycoides, adicionando a ele sequências de DNA como "marcas d'água" para que a bactéria pudesse ser distinguida das naturais (não-sintéticas). Como as máquinas sintetizadoras atuais só são capazes de juntar sequências relativamente curtas de letras de DNA de cada vez, os pesquisadores inseriram as sequências mais curtas em células de fermento. As enzimas de correção de DNA presentes no fermento juntaram as sequências. Depois, as sequências de tamanho médio foram inseridas em bactérias E. coli, antes de serem transferidas de volta para o fermento. Após três rodadas deste processo, os pesquisadores conseguiram produzir um genoma com mais de um milhão de pares de bases de comprimento. Concluída essa fase, os cientistas implantaram o genoma sintético da bactéria M. mycoides em outro tipo de bactéria, a Myoplasma capricolum. O novo genoma assumiu o controle das células receptoras. Embora 14 genes tenham sido apagados ou alterados na bactéria transplantada, as células apresentaram a aparência de bactérias M. Mycoides normais e produziram apenas proteínas M. mycoides, segundo os autores do estudo.  

Vida artificial 

Em entrevista à BBC, o especialista em biologia sintética Paul Freeman, codiretor do EPSRC Centre for Synthetic Biology do Imperial College, em Londres, disse que o estudo de Venter e sua equipe pode marcar o início de uma nova era na biotecnologia. "Eles demonstraram que o DNA sintético pode assumir o controle e operar as funções da nova célula receptora em termos de replicação e crescimento", disse Freeman. Freeman lembra que a célula receptora é uma célula natural, não sintética, mas "o que Venter e sua equipe mostraram é que, após o transplante e várias divisões celulares, a célula receptora assumiu algumas das características ou fenótipo do novo genoma nela inserido". 

 Cautela 

"É um avanço extraordinário, oferecendo uma prova de que, em teoria, é possível que genomas inteiros sejam sintetizados quimicamente, montados e implantados em células receptoras". "Claro que precisamos ter cautela, já que não temos certeza de que essa abordagem funcionaria em genomas maiores e mais complexos". "Ainda assim, este avanço representa um marco na nossa capacidade de criar células feitas pelo homem para fins estabelecidos pelo homem", concluiu Freeman. O estudo de Venter e sua equipe foi financiado pela empresa Synthetic Genomics. Três dos autores e o J. Craig Venter Institute possuem ações da companhia. O instituto fez pedidos de patente para algumas das técnicas descritas no estudo.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

UECE abre inscrição para o Vestibular de 2012.2

A Universidade Estadual do Ceará (UECE), através da Comissão Executiva do Vestibular - CEV informa que as inscrições para o segundo vestibular de 2012, serão realizadas no período de (29/03 a 13/04) de 2012, exclusivamente pela internet, tanto para os cursos de Fortaleza, quanto para os cursos das Faculdades da UECE no interior do Estado. Ao todo estão sendo ofertadas 1.558 vagas, sendo 1.158 para os cursos da Capital e 400 vagas para as unidades da UECE, no interior do Estado.

Segundo o presidente da CEV, Luiz Eduardo Farias Bezerra, a inscrição via internet será para todos os candidatos pagantes ou isentos. Veja na página eletrônica da UECE o Edital, na íntegra, contendo todas as alterações. A primeira fase do certame acontecerá no dia (03/06), no horário das 9h às 13h, com uma prova de conhecimentos gerais, de múltipla escolha, e a segunda fase será nos dias (24 e 25/06), com provas específicas, de acordo com o curso de opção do candidato.

Na ficha Eletrônica de inscrição, o candidato indicará o curso e a língua estrangeira (Inglês, Francês ou Espanhol) de sua escolha.

A taxa de inscrição no valor de R$ 85,00 poderá ser paga nas diversas agências bancárias, através de boleto bancário emitido via INTERNET até o dia 13 de abril. O boleto bancário gerado no dia 13 de abril terá vencimento no dia 16 de abril de 2012, último dia que o candidato poderá pagá-lo. A ficha de inscrição dever ser preenchida através da internet. Ao candidato será atribuída total responsabilidade pelo correto preenchimento dos campos da ficha eletrônica de inscrição e do boleto bancário.

A situação de inscrição do candidato (deferida/confirmada /ou indeferida/ não confirmada) será disponibilizada no dia (04/05), no endereço eletrônico (www.uece.br/cev).

O vestibular de 2012.2 se realizará no dia (03/06), Domingo, das 9h às 13h, com uma prova de Conhecimentos Gerais de múltipla escolha: Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Geografia, História, Matemática, Física, Química e Biologia.  A segunda fase acontecerá nos dias (24/06 e 25/06/), domingo e segunda-feira, respectivamente, com a realização de quatro provas: uma de Redação e três Específicas.

Mais informações na página eletrônica da UECE (www.uece.br/cev) ou pelos telefones (85) 3101-9710 ou (85) 3101-9711.

Fonte:Site da UECE